Liderar pressupõe a capacidade de se reinventar, de buscar novos métodos e soluções.
Ser capaz de inovar a obra, não ficar dentro do mesmo o tempo todo. Ser capar de fazer de outro modo, ser capaz de ir adiante. Gosto sempre de relatar nos textos e palestras: o menino ou a menina que entrou este ano na primeira série do ensino fundamental, com seis para sete anos de idade, antes de pôr o pezinho na sala de aula, para ser formalmente alfabetizado, já tinha assistido cinco mil horas de televisão. Calcula-se que uma criança assista, em média, a três horas de TV por dia a partir dos dois anos de idade. Isso dá mil horas por ano. Dos dois anos até os sete anos, ela assistiu cinco mil horas de televisão. Ela viu Discovery Channel, viu National Geographic, viu Globo Repórter, viu novela, viu noticiário, viu filme de violência, viu propaganda, viu horário eleitoral, viu filme pornográfico, viu Topa Tudo por Dinheiro, viu programa de auditório, viu CPI, viu os atentados às torres de Nova York, viu jogo daquele time de futebol que não mencionarei - a todo tipo de horror que você possa imaginar ela assistiu. Aí ela sentou no primeiro dia de aula lá no fundo e nós, professores, líderes do processo pedagógico, começamos a aula dizendo: "A pata nada". Quase que eles levantam e falam: "Levem-me ao seu líder". Às vezes você está dizendo para o seu cliente, para o seu chefe, para o seu subordinado, para o seu mercado, para a concorrência: "A pata nada".
*Texto extraido do livro Qual é a tua obra (Vozes, 2011, p.99).
*Texto extraido do livro Qual é a tua obra (Vozes, 2011, p.99).