Portaria assinada pelo secretário da Educação, Eduardo Deschamps,
prevê promoção automática para os alunos das primeiras, segundas e
terceiras séries do ensino fundamental.
O Sinte/SC mantém as críticas à adoção do critério. O professor Isaac
Ferreira, articulador da educação básica da Secretaria da Educação,
explicou que a Resolução 4/10, do MEC, criou o ciclo base de três anos,
com avaliações somente no final do terceiro ano.
Fonte: Moacir Pereira.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Ministro da Educação critica governadores que ingressaram com ação no STF
O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, disse nesta quinta-feira que considera "pouco promissor" o
caminho escolhido por seis governadores de ir ao Supremo Tribunal
Federal (STF) para pedir a revisão do critério de reajuste do piso
nacional do magistério. O Ministério da Educação (MEC) já mantinha uma
mesa de negociação com estados, municípios e a Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Educação (CNTE) para avaliar a possibilidade de mudar o
cálculo do reajuste, por meio de um projeto de lei que já tramita no
Congresso Nacional.
"Nós não fomos informados sobre essa
iniciativa (da ação). Consideramos que não é um caminho promissor você
judicializar novamente a questão. O mais prudente e construtivo é abrir
um diálogo transparente com nós fizemos", disse Mercadante logo após
participar de um encontro de ministros da Educação da Ibero-América.
A ação é assinada pelos governadores de
Mato Grosso do Sul, Goiás, do Piauí, Rio Grande do Sul, de Roraima e
Santa Catarina.Pelas regras atuais, o piso deve ser reajustado
anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre
2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$
1.451.
Os estados alegaram que essa variação
superior a 22% registrada nos últimos dois anos era "insustentável" para
as contas públicas.Um projeto de lei que tramita no Congresso, com
apoio dos governadores, pretende mudar o parâmetro do reajuste para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Professores e o próprio
MEC consideram esse critério ruim, já que a correção apenas da inflação
não significaria ganho real para os trabalhadores. Uma mesa de
negociação montada pelo ministério tentava chegar a um "meio-termo" para
esse índice."O MEC tem uma posição clara: nós achamos que o piso tem
que ter um crescimento real e sustentável.
O ritmo pode não ser o mesmo que tivemos
no passado porque realmente as finanças municipais e estaduais tiveram
dificuldade para acompanhar essa velocidade. Mas aquele ritmo foi muito
próprio do momento de grande crescimento do Fundeb, que não irá se
repetir neste ano", disse Mercadante.Não é a primeira vez que
governadores recorrem ao STF questionando a lei do piso.
Em 2008, logo que o projeto foi
sancionado, alguns estados moveram uma ação contestando diversos
conceitos da lei, entre eles o de que o piso deve ser considerado como
remuneração inicial e não total. A ação começou a ser julgada em 2008,
mas a análise só foi concluída em 2011. O entendimento dos ministros foi
que gratificações, bônus e outros acréscimos não poderiam ser
considerados na conta do valor mínimo a ser pago.
Mercadante disse que os governadores têm
liberdade para entrar com a ação e que respeita a decisão. A princípio,
não haverá movimentação por parte do MEC para tentar convencer os
governadores contra a ação. "Se eles quisessem a opinião do MEC eles
tinham perguntado antes e não o fizeram. Nós respeitamos a decisão
deles, mas o MEC tem uma posição clara sobre isso. Achamos que o melhor
caminho é buscar uma solução pactuada, era isso que estávamos
discutindo", disse.
Fonte: Cnte.
Governadores de seis Estados entram com ação no STF contra lei do piso salarial dos professores
O presidente da CNTE (Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, disse hoje (5)
que foi surpreendido pela decisão de governadores de seis estados de
entrar com uma nova Adin (ação direta de inconstitucionalidade) contra a
lei que cria o piso nacional para professores da rede pública. A ação
foi impetrada ontem (4) no STF (Supremo Tribunal Federal) e questiona o
Artigo 5° da lei, que trata do cálculo do reajuste do piso.
A Adin é assinada pelos governadores de
Mato Grosso do Sul, Goiás, do Piauí, Rio Grande do Sul, de Roraima e
Santa Catarina. O relator do processo no STF será o ministro Joaquim
Barbosa.
A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e
determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede
pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas
semanais. Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir
de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundeb (Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Entre 2011 e 2012, o
índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.
"A lei agora está sub judice. Estamos no limbo, porque tem um projeto
na Câmara que trata dessa questão, um grupo de trabalho que está
prestes a apresentar resultados, uma câmara de negociação no Ministério
da Educação e os governadores dão mostra de que não querem negociar",
disse.Segundo Leão, se o STF acatar o pedido dos governadores e derrubar o artigo que regulamenta o reajuste, cada Estado poderá definir um cálculo para corrigir o piso, o que representará perdas para os professores. "Os governadores estão criando um problema para eles. Não existindo mais o balizador do reajuste, cada estado vai fazer a sua luta, vai ter muito mais greve".
A CNTE defende o cumprimento da lei e também é contrária à proposta que tramita na Câmara dos Deputados e que altera o cálculo do reajuste. Defendida pelos Estados, o projeto prevê a correção com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), o que, na prática, resultaria em reajustes menores.
Fonte: CNTE, 05/09/2012.
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