É impressionante a maneira como o atual governo de Santa Catarina trata os professores da rede estadual de ensino. Na edição do dia 11 de novembro de 2010 do Diário Catarinense (página 32), o atual secretário da educação, Silvestre Heerdt, em resposta aos questionamentos sobre as mudanças no Ensino Fundamental de oito para nove anos, principalmente sobre a questão da reprovação nas 5ª séries, desrespeita os professores e o sindicato (Sinte) ao dizer que: “Eles não estão preocupados com a aprendizagem do aluno. Estão mais preocupados em perder turmas para dar aula.”
A redução no número de aulas nas séries finais do ensino fundamental pode até ser um dos motivos das reclamações dos professores, mas daí dizer que os mesmos não se preocupam com a aprendizagem dos alunos? É de se lamentar ouvir isso de uma pessoa que coordena a educação em nosso estado. Depois de tanto tempo sendo ignorados pelo então secretário Paulo Bauer, onde foi criado um abismo entre governo e educadores, somos agora obrigados a ouvir do atual secretário um absurdo dessa magnitude. Quem não está preocupado com a aprendizagem e muito menos com os professores é justamente o governo, que não valoriza os profissionais que trabalham no magistério catarinense.
O professor está sim preocupado com a perda de aulas, pois é uma forma de aumentar um pouco a sua renda. Quem sabe se o governo tivesse se preocupado mais em proporcionar momentos de formação continuada e aplicado o Piso Nacional dos Professores ao invés de entrar na justiça contra uma lei federal que torna mais digna essa profissão tão desvalorizada nas últimas décadas, não teríamos tais problemas com a educação catarinense. Resta saber o que nos espera nos próximos quatro anos.
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